Num festival NOS Alive em que, como sempre, nada se limita ao Palco NOS mas vai muito mais para além deste, no segundo dia passámos pelo Palco WTF onde encontrámos, na estreia em nome próprio, de uma figura importante da cena Hip Hop nacional: Lhast. Com trabalhos já produzidos para Richie Campbell e ProfJam, Lhast permitiu uma hora de espetáculo para o público que se juntou em frente ao Palco WTF e que não teve qualquer dificuldade em acompanhar o cantor, nomeadamente no seu segundo tema da noite, “QE”, do seu álbum de 2020 “Amor’Fati”.

E já com o público do seu lado, Lhast pôde aligeirar o seu empenho quando cantou “Safe”, isto porque o público não negou ajuda ao artista cantando a canção do início ao fim.

E porque um concerto é também feito dos convidados de quem está em palco, Lhast pôde contar com Chyna, que interpretou “Render”. “Es7ádio” e “Alkimista”, sempre com Lhast a permitir para o seu hip hop uma sonoridade própria. E quando foi preciso contar com novo convidado, Lhast pôde receber no Palco WTF o rapper português 9 Miller, ele que interpretou “jND” (“Ja não dá”), também aqui com o público a mostrar o total conhecimento do refrão cantado em coro por quem acompanhou esta prestação no Palco WTF.

Aliás, e a propósito de 9 Miller, também conhecido como X9M, ou Rui Pedro Ferreira da Silva no seu nome real, nascido em 1993, em Cascais, ganhou popularidade no cenário musical português com o lançamento de suas mixtapes e colaborações com outros artistas. Começou a sua carreira musical em 2013, aos 20 anos, e desde então lançou várias músicas de sucesso. Alguns de seus singles mais conhecidos incluem "Bora lá", "Cenas", "Fim de Semana", "Safoda" e "Apaga o Insta", sendo conhecido por letras honestas e diretas, abordando diversos temas da vida urbana e experiências pessoais.

Ao longo de sua carreira, 9 Miller colaborou com vários artistas portugueses, como Piruka, Dillaz, Phoenix RDC e Carlão, ampliando sua presença no cenário musical do país. Sua música é caracterizada por uma mistura de estilos como hip-hop, trap e rap.

De volta à prestação de Lhast, e quando chegou a altura de fechar o concerto, foi tempo para ouvir “VI” e “Saturno”, no fecho de mais uma prestação no Palco WTF quando o palco principal, por essa hora, chamava a presença do público já que era a altura para a entrada em cina no Palco NOS dos Arctic Monkeys.

Jorge Reis (texto)
Diogo Faria Reis (fotos)
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