Depois de ter acontecido em Hollywood na madrugada do passado dia 25, a Noite dos Óscares chegou a Portugal uma semana depois, nos dias 1 e 2 de Março, permitida no palco do Salão Preto e Prata do Casino Estoril pela Lisbon Film Orchestra. Ali, um total de 18 músicos, dirigidos pelo maestro Nuno Sá, ajudaram-nos a viajar no tempo ao som de músicas presentes em bandas sonoras de filmes premiados entre 1952 e 2018.
Com apresentação do sempre bem disposto Pedro Luzindro, actor e humorista, e com convidados especiais que cantaram e encantaram, nomeadamente Diana Lucas, David Ripado e Patrícia Duarte, ouvimos os êxitos de 66 anos de óscares, passando por aquele palco temas conhecidos de todos como “An American In Paris” (1951); “I Got Rhythm” (1952); “Forrest Gump” (1994); “Os Miseráveis” (1985); “Somewhere over the rainbow” (1934); “O Padrinho” (1972); “West Side Story” (1962); “O Rei Leão” (1995); “Música no Coração” (1966); “Skyfall” (2012); “A Lista de Schindler” (1993); “Chicago” (2002); “Moulin Rouge” (2001); “Shallow” (2018); “This is me” (2017) e, a terminar, “Fame” (1981).
Outro dos grandes convidados da noite foi o jornalista cinematográfico Mário Augusto, “uma instituição” nas palavras de Pedro Luzindro que enriqueceu a noite ao deixar algumas histórias do glamour do cinema de Hollywood. Dispensando apresentações, a verdade é que Mário Augusto é jornalista desde 1986, tendo colaborado em diversos jornais como o “O Comércio do Porto”, onde estagiou, “Êxito”, “Sete”, Revista” e “Sábado”. Trabalhou ainda na Rádio Comercial, Rádio Renascença, RDP Antena 1 e RDP Antena 3, tendo sido ainda fundador da “Rádio Nova”, em 1989.
Desde 1988, Mário Augusto é jornalista e apresentador de televisão, tendo apresentado vários espaços e rubricas de informação cinematográfica. Já na SIC, integrou a equipa que produziu e realizou uma série de documentários sobre o século XX português e coordenou e apresentou diversos programas dedicados aos Óscares de Hollywood, tendo no seu currículo a realização de diversas entrevistas a “estrelas” da 7ª Arte.
Sobre a Lisbon Film Orchestra (LFO), é a primeira orquestra portuguesa dedicada à interpretação ao vivo das bandas sonoras e músicas do cinema, sendo tida como a orquestra dos espetáculos ao vivo, das melhores músicas e dos grandes filmes. Associação Cultural Sem Fins Lucrativos, a LFO tem o seu principal foco na valorização da cultura em Portugal, para o que interpreta, promove e proporciona grandes espetáculos de entretenimento musical ligados à melhor criação de bandas sonoras do cinema. Com estes espectáculos, tem vindo a LFO a potenciar e alargar a novos públicos a paixão pela música de orquestra interpretada ao vivo.
A atividade desta orquestra desenvolve-se também, para além dos grandes concertos, em prestigiadas salas de espectáculo por todo o país, tendo acções e iniciativas permanentes, focadas no ensino e formação cultural dos mais novos nas escolas, possuindo uma Academia própria onde realiza múltiplos cursos relacionados com o universo das atividades performativas. Desta feita, com uma qualidade ímpar num espectáculo que permitiu sempre um sorriso e alguma emoção em algumas músicas, permitiu a Lisbon Film Orchestra duas noites de Hollywood, no Salão Preto e Prata do Casino Estoril.
texto: Ana Cristina Augusto
fotos: © Casino Estoril