Com dois golos apontados ainda no primeiro tempo, por João Cancelo aos 33 minutos, após uma assistência de Bernardo Silva, e cinco minutos depois, aos 38', agora por Gonçalo Guedes depois de nova assistência de Bernardo Silva, com este a assinar uma exibição brilhante ao longo de todo o jogo, Portugal fez o suficiente para ganhar e justificar o triunfo perante uma República Checa que raramente incomodou Diogo Costa.

Portugal marcou, controlou, e sem impor um ritmo que se possa apelidar de alucinante, a verdade é que justificou a vitória perante um adversário que raramente conseguiu responder a preceito, desperdiçando inclusivamente um lance ao minuto 60 quando apareceu em contra-ataque com superioridade numérica face à defesa de Portugal, num três para dois que nem assim teve resultados práticos já que o remate do jogador checo enviou a bola para a linha de fundo, desenquadrada com a baliza lusa.

Num Estádio de Alvalade esgotado com as cores lusas, onde apenas duas a três centenas de checos procuravam empurrar a sua selecção para uma exibição mais convincente, a Turma das Quinas fez o suficiente para ganhar frente a um adversário que fechou quase sempre muito bem os caminhos para a sua baliza, sem que elementos como Cristiano Ronaldo ou Diogo Jota conseguissem fazer valer os seus argumentos no que diz respeito à qualidade do seu futebol.

Bernardo Silva foi o elemento que fez a diferença sobre o resultado, assinando as duas assistências nos lances dos golos e conseguindo aqui e ali causar alguns desequilibrios que colocaram em apuros a defesa da selecção checa. No meio campo, Rúben Neves e William Carvalho foram suficientes para que Portugal tivesse quase sempre mais bola e o controlo dos acontecimentos, à frente de uma defesa sempre dominada por Pepe e Danilo, e atrás de uma linha ofensiva em que Gonçalo Guedes apareceu desta vez a procurar os espaços vazios a partir da linha média para as solicitações de Jota e Ronaldo, neste jogo, em abono da verdade, pouco inspirados.

Num jogo sem casos, disputado sempre num ritmo mais ou menos tranquilo sem a capacidade de empolgar o público que encheu (44.100 espectadores) as bancadas de Alvalade, Portugal cumpriu o suficiente para vencer e somar os três pontos deste jogo, passando a liderar isolado o seu grupo para a Liga das Nações, com sete pontos, mais dois que a Espanha, a segunda classificada neste grupo.

Cumprida a missão dos pupilos de Fernando Santos, é tempo de pensar já no próximo jogo, a realiza domingo na Suíça, num jogo que poderá ser bem mais complicado ainda que Portugal parta para essa partida uma vez mais na condição de favorito ao triunfo e à conquista dos três pontos. A ver vamos...

A figura...

 

O momento...

BERNARDO SILVA

 

33' - GOLO DE JOÃO CANCELO (1-0)

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É um dos melhores jogadores do plantel do Manchester City e poderá estar a caminho de protagonizar mais uma transferência milionária para o futebol espanhol, justificada pelo valor que possui e pelo que de onstrou uma vez mais neste jogo entre Portugal e a Chéquia.

Bernardo Silva foi neste jogo o “maestro” dos lances ofensivos de Portugal, com assistências de “meio-golo” a justificarem em absoluto o título de “figura do jogo”, assumindo-se por esta altura como um dos melhores jogadores do futebol português e ainda como muito para dar aos relvados por esse mundo fora.

“Keep going Bernardo!” 

 

AK2I5934Três minutos depois da passagem da meia hora do jogo, altura em que aconteceu aquele que foi o primeiro remate dos checos à baliza de Diogo Costa, com este a segurar a bola de forma decidida, eis que Bernardo Silva aparece no corredor direito do ataque de Portugal a fazer um passe vertical para a entrada de João Cancelo que, já dentro da grande área do conjunto checo, rematou colocado enviando a bola para dentro da baliza à guarda de Stanek.

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Junto à linha lateral e de costas para a baliza, Bernardo Silva permitiu com um passe certeiro um lance de golo que Cancelo não desperdiçou, como aliás viria a fazer de novo cinco minuto depois no lance em que serviu Gonçalo Guedes para o segundo golo de Portugal. E se os lances dos golos foram ambos determinantes, o primeiro permitiu maior tranquilidade aos pupilos de Fernando Santos, conscientes de que estavam a partir dali na frente do marcador, de forma justa, num jogo em que a vitória importante já não lhes iria fugir.

Jorge Reis/LusoMotores
fotos: Luís Moreira Duarte
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