Ultrapassado um pequeno susto quando Seferovic colocou a bola na baliza à guarda de Rui Patrício, logo ao minuto 06', num lance que viria a ser anulado por indicação do VAR por mão na bola antes do suposto golo, quando o resultado prosseguiu então num empate sem golos, Portugal pôde finalmente avançar para uma exibição convincente e de qualidade frente à Suíça, nomeadamente na forma como conseguiu quase sempre fazer a transição para o último terço do terreno, justificando a vitória final por larga margem (4-0) que poderia aliás ter sido mais dilatada. Um golo de William Carvalho na recarga a um livre directo apontado por Cristiano Ronaldo, dois golos deste que foi titular e o capitão da Turma das Quinas, e um quarto e último golo de Cancelo, já no segundo tempo, permitiram a vitória a Portugal que assim saltou para a frente da classificação do Grupo 2 da Liga das Nações.

Refira-se que a Suíça sofreu uma contrariedade antes mesmo do início do jogo, quando viu Vargas lesionar-se no aquecimento e obrigar à entrada de Lotomba, um defesa central chamado a uma presença na linha média. Certo é que Lotomba não comprometeu, acabando mesmo por ser um dos elementos mais em evidência ao longo do jogo, mas Portugal conseguiu contrariar o jogo dos suiços e garantiu uma vitória tão importante quanto justificada.

Depois do empate frente à Espanha, no primeiro jogo desta competição, em Sevilha, o seleccionador Fernando Santos mudou quase tudo na nossa Selecção, chamando à titularidade jogadores que não alinharam ou que foram suplentes utilizados naquele primeiro encontro. Desde logo, Rui Patrício surgiu agora na condição de guarda-redes titular da Selecção de Portugal, com a defesa formada por Nuno Mendes, Pepe, Danilo e Cancelo. Rúben Neves e William Carvalho apareceram a preencher o meio-campo de Portugal, com Otávio e Bruno Fernandes a fazerem a ligação para os homens mais adiantados no terreno, nomeadamente Diogo Jota e o “capitão” Cristiano Ronaldo. E a verdade é que a Suíça, depois do lance do golo anulado ao ainda benfiquista Seferovic, deixou de conseguir chegar com grande perigo à baliza de Rui Patrício, passando Portugal a ter a iniciativa do jogo e a conseguir chegar aos golos.

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Conseguindo impor mais presença no meio-campo, os jogadores portugueses lá foram a partir da linha média conseguindo impor velocidade ao jogo aparecendo em velocidade com Diogo Jota ou Bruno Fernandes, quase sempre com solicitações para o espaço vazio onde apareceu quase sempre oportuno o “capitão” Cristiano. E se este nem sempre conseguiu o remate eficaz, fazia ainda assim remates que permitiam o aparecimento de outros jogadores lusos a aproveitarem as segundas bolas com eficácia. Foi assim o golo de William Carvalho que inaugurou o marcador para Portugal, na recarga a um pontapé livre directo de Cristiano, foi assim o segundo golo de Portugal por Cristiano Ronaldo, no aproveitamente de um ressalto na grande área suíça, e poderia ter sido assim em outros lances em que o guarda-redes helvético acabou por impedir maior diferença de golos no resultado final.

Portugal marcou, goleou, justificou e celebrou em comunhão com o seu público que permitiu uma excelente moldura humana com 42.235 espectadores nas bancadas do Estádio de Alvalade frente a uma selecção suíça que mostrou aqui e ali bons apontamentos, nomeadamente em manobra ofensiva, mas que sentiu grandes dificuldades em lidar com a velocidade imposta pelas trocas de bola dos jogadores de Portugal. Aliás, mesmo quando o seleccionador Fernando Santos resolveu mexer na formação da Selecção de Portugal, ficou claro que o seleccionador suíço tinha razão quando, antes do jogo, afirmou que Portugal conseguia ter perfeitamente duas equipas entre os titulares e os que ficassem de fora nas escolhas para este jogo.

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Um golo anulado já no segundo tempo a Cristiano Ronaldo, por posição irregular no lance que daria origem ao golo, e uma grande penalidade que o VAR “converteu” num livre directo fora da área do conjunto helvético, impediram Cristiano Ronaldo de aumentar o seu pecúlio de golos, ele ue conseguiu ainda assim dar uma enorme alegria à sua mãe, Dolores Aveiro, que nas bancadas de Alvalade não conseguiu segurar as lágrimas de felicidade pelos golos do seu filho.

O seleccionador Fernando Santos conseguiu assim um jogo tranquilo para a Turma das Quinas, com uma exibição convincente e que dá outro ânimo aos seus jogadores, mas tetrá que ter em conta que nem todos os jogos irão correr assim de feição, pelo que irá precisar de um plano B assertivo quando as coisas não correrem tão quanto aconteceu desta feita frente à Suíça.

Portugal está agora na liderança do grupo 2 da Liga das Nações, com os mesmos pontos da Chéquia cuja selecção, que este domingo empatou frente à Espanha (2-2) será a próxima adversária de Portugal, no dia 9 de Junho, quinta-feira, uma vez mais no Estádio José de Alvalade.

A figura...

 

O momento...

CRISTIANO RONALDO

 

06' - GOLO ANULADO A SEFEROVIC

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Nem que mais não fosse pelos dois golos que marcou mas também pelo que jogou e permitiu aos seus companheiros que jogassem com qualidade e brilho, Cristiano Ronaldo, que no jogo anterior da Selecção de Portugal tinha começado o jogo no banco de suplentes, voltou a provar que não lhe pesam nas pernas os 37 anos que já possui no bilhete de identidade, copntinuando a ser um elemento desequilibrador na estratégia das equipas em que alinha, principalmente quando as coisas lhe correm bem nos últimos trinta metros do terreno de jogo.

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Neste jogo no “seu” Estádio de Alvalade, com a mãe Dolores nas bancadas a sofrer pelo seu menino, Cristiano Ronal voltou a ser igual a si mesmo, provando que está longe o dia em que o facto de ser suplente não causa dano à equipa que prescinde do seu valor em campo.

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AK2I9052Aos seis minutos de jogo, na sequência do primeiro pontapé de canto da partida e logo favorável aos suíços, Shaqiri cruzou para o interior da grande área de Pªortugal, a bola sofreu alguns ressaltos e acabou ao dispor do pé direito de Seferovic que, oportuno, rematou a bola para o fundo das redes de Portugal, no que parecia ser o primeiro golo do jogo e para a Suíça.

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Analisado o lance, porém, o VAR percebe que a bola sofreu um toque com a mão de um jogador suíço, Schar, que salta à bola com Pepe e desvia a trajectória da bola com a mão no alto, invalidando assim o lance que poderia ter permitido o avanço dos suíços no marcador.

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É claro que não sabemos como seria o jogo se a Suíça tivesse naquele momento avançado para a liderança do marcador, mas a verdade é que este lance permitiu a Portugal acordar e colocar em campo todo o seu maior pendor ofensivo, acabando a partir daí por construir uma vitória com um resultado robusto e justo pelo que as duas equipas produziram sobre o relvado de Alvalade.

 

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Portugal, 4 - Suíça, 0 (Ficha do jogo)

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Jorge Reis/LusoGolo
fotos: Luís Moreira Duarte
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