JPT5429Após a vitória difícil no passado fim-de-semana na recepção ao Portimonense por 2-1, o Benfica tinha na recepção ao CSKA a oportunidade de emendar um rumo exibicional mais frágil , surgindo este adversário do Grupo A da Liga dos Campeões, aparentemente, ao alcance da turma às ordens de Rui Vitória. E a verdade é que o Benfica, mesmo depois de uma entrada algo lenta no jogo, agarrou o jogo, teve o jogo na mão, e sem fazer um jogo de grande qualidade conseguiu dominar o jogo durante todo o primeiro tempo.

No segundo tempo, depois de nova entrada a passo dos "encarnados", acabou por chegar o golo para o Benfica por Seferovic e tudo indicava que o Benfica iria vencer com alguma facilidade. Só que o golo do Benfica, conseguido ao minuto 50', acordou a formação russa que, aos 63' e aos 71' minutos, fez dois golos com que deu a volta ao resultado.

Com Bruno Varela entre os postes, e uma defesa em que Grimaldo foi chamado à titularidade do lado esquerdo, com André Almeida à direita e Luisão e Lisandro no meio, o Benfica apresentou ainda Filipe Augusto na posição seis, surgindo depois Zivkovic e Sálvio nas alas e Pizzi atrás de Seferovic e Jonas.

Do lado russo, Akinfeev foi o guarda-redes, atrás de uma linha defensiva de três centrais - Vasin, Vasili Berezutski e Aleksei Berezutski -, surgindo depois uma linha média de cinco elementos formada por Mario Fernandes, Wernbloom, Golovin, Dzagoev e Schennikov, aparecendo depois dois homeins mais adiantados, nomeadamente Vitinho e Aaron Olanare.

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Com estes argumentos, o Benfica conseguiu algum domínio do jogo e mais oportunidades flagrantes de golo, nomeadamente ao minuto 38 quando Grimaldo rematou de longe enviando a bola ao poste da baliza do CSKA. Antes já Seferovic tinha sido carregado dentro da área do CSKA em lance de clara grande penalidade mas o árbitro espanhol Alberto Undiano entendeu que nada se passou, mesmo depois do lance ter decorrido à sua frente, e nada assinalou.

O jogo chegou ao intervalo sem golos, acabando por ser o Benfica a abrir a contagem ao minuto 50 num golo de Seferovic em resposta a um passe de Zivkovic. O avançado internacional suíço, mesmo a atravessar uma fase de menor produtividade, conseguiu estar ainda assim no sítio certo à hora certa para um cabeceamento certeiro a abrir a contagem para os "encarnados".

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Curiosamente, o CSKA que poucas oportunidades havia criado junto à baliza de Bruno Varela, tendo este ainda assim assinado uma ou outra defesa de elevado nível de dificuldade quando foi chamado a intervir, acabou a turma russa por "acordar" depois de estar em desvantagem.

Rui Vitória refrescava por esta altura o ataque do Benfica com a entrada de Jiménez por troca com Jonas, ficando a turma da Luz sem o homem mais capaz de a qualquer altura provocar desequilíbrios no jogo. Jiménez entrou com vontade e velocidade mais pouco consequente, continuando em campo o avançado suíço Seferovic que acusava já algum cansaço.

Ao minuto 63', numa altura em que o CSKA começou por ganhar alguns pontapés de canto consecutivos, um remate de um jogador russo levou a bola ao braço de André Almeida que, apesar de ter os braços colados ao corpo, num lance em que ficou a ideia de não haver qualquer intencionalidade no corte, acabou por ver o cartão amarelo e, pior do que isso para o Benfica, viu Alberto Undiano, o mesmo árbitro que antes havia já ignorado a grande penalidade sobre Seferovic, assinalar agora a grande penalidade que Vitinhos se encarregou de transformar, repondo a igualdade no jogo, agora 1-1.

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O Benfica acusou o golo, era agora evidente algum nervosismo do sector mais recuado dos "encarnados" sempre que a bola rondava a baliza à guarda de Bruno Varela, e tornava-se claro que em qualquer altura o CSKA poderia concretizar a reviravolta no resultado, o que aconteceu mesmo ao minuto 71'.

Num lance de ataque da turma visitante em que o Benfica foi recuando linhas acabando mesmo a defender dentro da sua grande-área, um primeiro remate de Vasin mereceu uma excelente defesa de Bruno Varela, mas a bola ficou à mercê de Zhamaletdinov que, sem oposição, só teve que fazer a recarga para o segundo golo da sua equipa, passando o CSKA a ficar na liderança do marcador.

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A partir daqui, com a obrigatoriedade de voltar a inverter a tendência do marcador, o Benfica não teve nem engenho nem arte e muito menos forças para o conseguir. Rui Vitória chamou a jogo Gabriel Barbosa que assim se estreou com a camisola das águias - saiu Grimaldo -, e já à beira do final, numa substuição inconsequente a dar nota de alguma desorientação que por essa altura já vivia no próprio banco da turma da Luz, ainda entrou Rafa para o lugar de Lisandro.

O Benfica acabou mesmo por consentir uma derrota perante este acessível CSKA, ficando agora obrigado a vencer o Basileia na Suíça na próxima jornada da Liga dos Campeões, em jogo marcado para o próximo dia 27 de Setembro. Para já, porém, numa fase em que dá conta de algumas dificuldades para conseguir a melhor produtividade do seu futebol, terá que enfrentar já no próximo sábado a turma do Boavista, no Estádio do Bessa, em jogo da sexta jornada da Liga NOS.

texto: Jorge Reis
fotos: Luís Moreira Duarte e João Trindade 

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