Um triunfo categórico do Benfica perante os belgas do Club Brugge, no jogo da segunda mão dos oitavos-de-final da Liga dos Campeões, permitiu ao Benfica eliminar o conjunto belga com um resultado acumulado de 7-1 no conjunto dos dois jogos e seguir para os quartos-de-final da competição milionária da UEFA. Com golos de Rafa, Gonçalo Ramos (2), João Mário (grande penalidade) e David Neres, a turma benfiquista às ordens de Roger Schmidt encantaram os mais de 60 mil adepros que encheram o Estádio da Luz, garantindo a vitória e, mais do que isso, uma exibição convincente perante a turma belga.
Logo ao segundo minuto do jogo o Benfica conseguiu uma jogada de belo efeito, ao primeiro toque, com João Mário a completar com um toque de calcanhar levando a bola a entrar na baliza do Brugge. O suposto golo viria a ser anulado pelo VAR, por um fora de jogo no início do lance, mas ficava o aviso por parte do Benfica que vinha disposto a resolver cedo a eliminatória perante um Club Brugge que nunca esteve à altura da exibição dos encarnados.
E se o primeiro aviso de João Mário não contou como golo, a história foi diferente ao minuto 38'. Na sequência de um lance de contra-ataque lançado por João Mário a partir do corredor esquerdo, este serviu Gonçalo Ramos que cruzou para junto da marca da grande penalidade onde apareceu Rafa. A recepção por parte do médio ofensivo do Benfica nem pareceu ter sido a melhor mas, depois de uma finta sobre um defesa do Brugge, rematou de trivela para o poste mais distante assinando assim o primeiro golo do jogo. Tudo ficava assim mais tranquilo para o Benfica que, depois de ter vencido o primeiro jogo por 2-0 na Bélgica, adiantava-se agora no jogo da segunda mão garantindo a continuidade na prova e o consequente ganho de 71 milhões de euros desde já nesta edição da liga dos Campeões.
Antes do intervalo, Gonçalo Ramos, com um trabalho individual magistral dentro da grande-área do Clube Brugge depois de um passe de Aursnes, tirou três jogadores do caminho e rematou para o fundo da baliza à guarda de Mignolet, fazendo o 2-0 com que se atingiu o intervalo desta partida, deixando os 60 mil espectadores nas bancadaqs na Luz em ambiente justificadamente festivo, a tirarem partido da espectáculo de luzes de um recinto que continua a registar enchentes a cada jogo, independentemente do adversário que visita o Estádio da Luz. A título de curiosidade, neste jogo foi anunciada como assistência oficial o número de 61.018 espectadores nas bancadas do Estádio da Luz.
Ultrapassado o intervalo, o técnico Roger Schmidt manteve o “onze” inicial, Com Vlachodimos, Bah, Otamendi, António Silva, Grimaldo, Florentino, Chiquinho, Aursnes, João Mário, Rafa e Gonçalo Ramos. Já o treinador do Club Brugge, Scott Parker, que tinha lançado para jogo um “onze” com Mignolet, Clinton Mata, Mechele, Sylla, Buchanan, Nielsen, Vananken, Sowah, Meijer, Lang e Yaremchuk, com uma linha de cinco defesas que se revelou pouco eficaz na cobertura aos ataque do Benfica, começou logo ao intervalo por mexer na equipa, retirando Lang para a entrada de Onyedika.
Uma referência ainda para o primeiro tempo do jogo quando, ao minuto 29', Otamendi viu o cartão amarelo depois de ter cometido uma falta à entrada da grande-área do Benfica. Do livre perigo não resultou qualquer consequência, mas o internacional argentino irá ficar de fora da equipa do Benfica no próximo jogo na Champions já que completou uma série de cinco cartões amarelos nesta competição.
Ao minuto 57, eis que Grimaldo cruzou a preceito para o interior da área do Brugge onde apareceu Gonçalo Ramos a marcar o seu segundo golo, com um remate de primeira, colocado, sem dar hipóteses de defesa a Mignolet. Scott Parker voltou a mexer na sua equipa ao minuto 63', retirando Yaremchuck, avançado ucraniano ex-Benfica que mereceu um aplauso do público ao dar o seu lugar ao catalão Ferran Jutglà.
Roger Schmidt mexeu finalmente na sua equipa, com as entradas de Neres e Gilberto para as saídas de Chiquinho e Bah, tendo ainda Parker operado mais duas mudanças na sua equipa, agora com a entrada de Odoi para a saída de Clinton Mata. Certo era por esta altura a apatia do Clube Brugge e na primeira vez em que Gilberto entrou na grande-área da turma belga foi carregado por Sylla, provocando uma grande penalidade indiscutível que João Mário transformou no quarto golo do Benfica ao minuto 71'.
Com a eliminatória mais do que resolvida, Roger Schmidt fez entrar Morato e João Neves para os lugares de Otamendi (que já tinha um amarelo) e João Mário, respondendo Scott Parker com as chamadas a jogo de Nusa e Ritts, por troca com Sowah e Vanaken, tendo sido já com as equipas “refrescadas” nas suas formações que David Neres apareceu a fazer o quinto golo no jogo, um lance em que o árbitro auxiliar ainda assinalou uma posição irregular de um jogador do Benfica, mas que o VAR confirmou não ter existido, validando o golo de Neres apontado depois de uma assistência do miúdo João Neves.
Estava assim consumada a mão cheia de golos neste jogo entre Benfica e Club Brugge, para um resultado que viria ainda a conhecer uma alteração quando, ao minuto 84' Meijer assinou o único golo para o conjunto belga, com um remate em zona frontal à baliza de Vlachodimos, de primeira com o pé esquerdo, com a bola a ganhar efeito a entrar ao ângulo da baliza dos encarnados, fechando o placard em 5-1.
O Benfica garantiu assim pela segunda vez consecutiva a passagem aos quartos-de-final da Liga dos Campeões, estando agora em condições de sonhar com um brilharete ainda mais significativo na competição que poderá passar pela presença no jogo da final da Champions em Istambul. Para tal, porém, o Benfica terá que passar, em primeira instância, o próximo adversário nesta competição, equipa apenas irá conhecer no sorteio da prova agendado para o próximo dia 17 deste mês de Março.