. Num jogo difícil para a equipa tetra-campeã nacional, em que teve pela frente uma formação de Portimão muito bem organizada, que chegou ao intervalo sem golos, foram mesmo os algarvios os primeiros a fazer funcionar o marcador, através do brasileiro Fabrício ao minuto 56, num lance individual de enorme qualidade em que o central benfiquista Luisão não teve pernas para acompanhar o jogador fo Portimonense. Acabou ainda assim o Benfica por responder com dois golos, primeiro por Jonas na transformação de uma grande penalidade, e depois por André Almeida, com um golo que certamente ficará com um dos golos deste capeonato.

Certo que ao intervalo, quando a equipa do Benfica regressou aos balneários num jogo até ali empatado sem golos, ficava claro que não será fácil à turma de Rui Vitória dar a volta a um adversário que, naturalmente mais modesto, mostrou organização e vontade de bater o pé ao poderoso Benfica. Relativamente aos "onzes", poucas surpresas de ambas as partes, com os "encarnados" a surgirem em campo com um titular improvável, o grego Samaris, no lugar do lesionado Fejsa.

Salvio, ainda que recuperado da lesão das últimas semanas, começou o jogo no banco, surgindo assim nas quatro linhas Bruno Varela na baliza, com André Almeida, Luisão, Lisandro e Eliseu a formarem o quarteto defensivo. À frente do já referido Samaris surgiram Zivkovic, Pizzi e Cervi, sobrando para Jonas e Seferovic os lugares mais adiantados no esquema táctico do Benfica.

Já do lado do Portimonense, equipa que joga esta época na I Liga depois de algumas temporadas no escalão secundário, o treinador Vítor Oliveira escalou para este jogo o guarda-redes Ricardo, acompanhado de Ricardo Pessoa, Lucas, Ruben fernandes e Hackman, mas também Pedro Sá, Nakajima e Paulinho, e ainda Ewerton, Wellington e Fabrício.

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O nipónico Nakajima acabaria mesmo por ser o elemento mais em foco na turma algarvia, sendo ainda assim o brasileiro Fabrício o mais consequente, não só porque foi da sua autoria o golo do Portimonense, conseguido depois de ter posto “no bolso” o experiente central Luisão, mas também porque foi o mesmo Fabrício que fez o golo que daria o empate ao minuto 88'.

Este golo, porém, acabou por ser invalidado por acção do vídeo-árbitro depois deste ter encontrado um fora-de-jogo, de facto existente, relativamente a Manafá, que entrara ao minuto 72 por troca com Wellington. Manafé recebeu a bola junto à linha lateral em posição irregular, anulando aí um lance que prosseguiu com o cruzamento para a finalização de Fabrício.

Fica assim do jogo entre Benfica e Portimonense à quinta jornada do campeonato a referência para o excelente comportamento do Portimonense, com destaque para as acções do japonês Nakajima e do brasileiro Fabrício, mas também para a eficácia do Benfica que chega ao empate com um golo de Jonas na transformação de uma grande penalidade por carga sobre Sálvio, um lance que não deixou dúvidas ao árbitro Gonçalo Martins que resultou mesmo na amostragem do cartão vermelho directo a Hackman.

Eficácia voltaria a ser evidenciada por André Almeida, ao minuto 79, quando a partir do lado direito do ataque dos "encarnados", praticamente encostado à linha lateral, bateu a bola aparentemente para um cruzamento tenso que acabou por levar a bola a entrar na baliza de Ricardo Ferreira sem possibilidade de defesa para este de uma forma soberba.

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Pela negativa, notas para a falha de Luisão que se deixou bater pela velocidade do seu compatriota Fabrício no golo do Portimonense, mas também para a fraca produtividade do argentino Franco Cervi, muito abaixo daquilo que já fez em jogos anteriores, a dar conta de algum cansaço, e ainda de Seferovic.

O avançado suiço, aliás, ficou em campo todo o tempo de jogo quando era evidente que a sua condição física e por vezes até alguma ausência do jogo aconselhavam a que fosse substituído, acusando o cansaço acumulado porventura devido aos jogos que realizou pela sua selecção onde foi titular e francamente produtivo.

A equipa do Benfica, que terá jogado com os olhos postos na partida da próxima terça-feira referente à primeira jornada da fase de grupos da Liga dos Campeões, frente ao CSKA de Moscovo, livrou-se assim de perder importantes pontos na corrida pelo campeonato da I Liga, isto porque um empate deixaria a turma da Luz ainda mais longe de FC Porto e Sporting na frente do campeonato, assim ainda à distância de dois pontos.

Última referência ainda em relação ao vídeo-árbitro, função que neste jogo foi desempenhada pelo árbitro Fábio Veríssimo pela terceira vez em relação a jogos do Benfica, e nomeadamente que o Benfica disputou igualmente no Estádio da Luz, na primeira jornada do campeonato, frente ao Sporting de Braga, quando anulou um golo ao conjunto bracarense que já então provocou alguma polémica nos dias seguintes ao jogo.

texto: Jorge Reis
fotos: reprodução ©Twitter 

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