Num jogo em que o Benfica dispôs de inúmeras oportunidades de golo frente ao Portimonense, desde logo com duas grandes penalidades das quais apenas uma foi convertida, permitindo aquele que viria a ser o resultado final da partida, com os encarnados a vencerem de forma tangencial, por 1-0, a turma benfiquista às ordens do técnico Roger Schmidt conseguiu o que era mais importante, nomeadamente a conquista dos três pontos, mas deixou claras alguma dificuldades em encontrar o melhor fio de jogo perante um adversário que soube tapar quase todos os caminhos para a sua baliza.

Curiosamente, o Benfica até chegou à vantagem bem cedo, depois de Gonçalo Ramos ter sido carregado à margem das leis pelo guarda-redes Nakamura, num lance em que não ficaram dúvidas quanto à legitimidade do castigo máximo. Chamado a converter, João Mário rematou para o lado direito do guarda-redes nipónico dos algarvios, Nakamura ainda adivinhou o lado da bola mas não conseguiu evitar o golo, logo ao minuto 09 da partida.

E se muitos acreditaram que seria ali o início de um resultado volumoso, para celebrar a inauguração do novo sistema de iluminação do Estádio da Luz e os novos ecrãs gigantes no topo do estádio, a verdade é que o marcador não voltaria a sofrer qualquer alteração, mesmo tendo o Benfica beneficiado de nova grande penalidade, ao minuto 19', depois de Bah ter sido carregado à entrada da grande área da turma de Portimão.

Chamado a converter o segundo castigo máximo, Aurxnes apostou em rematar também para o lado direito de Nakamura, mas desta feita o guarda-redes japonês do Portimonense conseguiu desviar a bola pela linha de fundo com uma defesa de grande nível que manteve o resultado no 1-0 que então se verificava.

Num jogo em que Roger Schmidt não quis contar com Enzo Fernandéz, a cumprir castigo por aquilo que se passou nos últimos dias em que viajou para a Argentina para ali cumprir a passagem de ano à revelia das indicações dadas pelo clube da Luz, o “onze” do Benfica surgiu escalonado de forma previsível, a julgar por aquilo que Roger Schmidt apresentou em jogos anteriores, mas com a disposição das pedras algo diferenciada.

Assim, numa equipa com Vlachodimos na baliza, e Bah Otamendi, António Silva e Grimaldo na defesa, as novidades surgiam no meio-campo, com Chiquinho a fazer dupla com Florentino, permitindo a Draxler e João Mário aparecerem mais junto às linhas no apoio a Gonçalo Ramos e Aurxnes na posição de número 10, uma posição nova para este jogador que se assume cada vez mais como uma verdadeiro “faz tudo” na equipa do Benfica.

Já do lado do Portimonense, Paulo Sérgio montou uma equipa assente a partir da sua defesa, com capacidade de poder subir no terreno de forma pontual procurando aproveitar alguns desquilíbrios ou erros da equipa do Benfica.

Certo é que, para além das duas grandes penalidades, o Benfica revelou uma enorme falta de eficácia na concretização, face a um adversário em que de destacou a prestação do guarda-redes Nakamura, sem dúvida o melhor elemento em campo a negar alguns golos feitos ao conjunto encarnado.

No final, vitória justa para o Benfica, num jogo em que o Portimonense saiu derrotado mas de cabeça erguida, fruto de uma boa exibição defensiva que impediu que o resultado evidenciasse um maior desequilíbrio entre as duas formações.

texto: Jorge Reis
fotos: Luís Moreira Duarte
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