Oito vitórias em oito jogos e liderança invicta da I Liga, é este o caminho trilhado até agora pelo Benfica de Roger Schmidt que esta terça-feira garantiu mais um triunfo, frente ao Paços de Ferreira, por 3-2, diga-se que no jogo mais complicado que os encarnados tiveram até agora na presente época, mesmo tendo em conta o jogo da segunda jornada quando ganhou por 1-0 no terreno do Casa Pia.
Agora, na recepção ao Paços de Ferreira, o Benfica esteve a vencer por 3-1 mas à beira do fim consentiu o segundo golo pacense e acusou alguma tremideira nos derradeiros minutos de um jogo em que teve a seu favor uma grande penalidade assinalada pelo árbitro Artur Soares Dias que poderá ser apontada como discutível. Na grande área pacense, o guarda-redes José Oliveira saiu a soco, mas a verdade é que é Bah quem cabeceia primeiro a bola e só depois aparece José Oliveira a atingir o lateral direito benfiquista, considerando o árbitro por isso que foi cometida uma carga à margem da lei e merecedora do castigo máximo.
Depois de cumprido um minuto de silêncio em homenagem ao sócio nº1 do Benfica falecido esta terça com 101 anos de idade,
os encarnados posaram com o “onze” titular com Bah como lateral direito e Otamendi depois de ter cumprido um jogo de castigo.
O guarda-redes do Paços de Ferreira viu o cartão amarelo e João Mário, chamado a converter a grande penalidade, não facilitou e apontou aquele que naquela altura foi o segundo golo do Benfica.
Poucos minutos antes, ao minuto 43', tinha sido o brasileiro David Neres a conseguir o primeiro golo para o Benfica, numa fífia de José Oliveira, um golo que por aquela altura repunha aligualdade num jogo em que o Paços estava em vantagem desde o minuto 40' depois de um golo apontado por Koffi no desvio de cabeça a um remate de Antunes.
Ao intervalo, e depois de uma primeira parte com o Benfica a sentir dificuldades na finalização, os encarnados encontravam-se ainda assim na frente do marcador por 2-1, um resultado que viria a ser dilatado pela equipa da casa com o terceiro golo agora marcado por Gonçalo Ramos ao minuto 56'.
O Benfica começou por festejar um golo de Rafa que não contou, por posição irregular de um jogador,
acabando por ser o Paços de Ferreira a primeira equipa a festejar o golo assinado por Koffi
Por esta altura o Benfica parecia ter o jogo na mão, mas a verdade é que, naquela que terá sido a pior partida dos encarnados no presente campeonato, muito por alguma ausência de força em elementos determinantes da equipa benfiquista, como Enzo ou David Neres, que acusaram maior debilidade física nos segundos 45 minutos, com muitos jogos nas pernas neste arranque de campeonato, o certo é que acabou por ser o Paços de Ferreira a fazer o 3-2 na fase final da partida.
O conjunto pacense causou alguma tremideira na equipa da casa mas também nos adeptos nas bancadas no Estádio da Luz, mas acabou ainda assim o Benfica por vencer. Refira-se no entanto que a equipa de Roger Schmidt consentiu os primeiros golos na I Liga e somou os três pontos no jogo que foi, não obstante a vitória, o mais complicado já realizado pelo conjunto encarnado desde a chegada de Rogert Schmidt.
Artur Soares Dias foi o árbitro deste jogo com um trabalho muito contestado por ambas as equipas
O Paços de Ferreira, com o técnico César Peixoto fora do banco e sem poder contar com 12 elementos do seu plantel, mostrou ainda assim capacidade para mais e melhor, podendo as gentes da capital do móvel ambicionar uma temporada auspiciosa em que a manutenção seja conseguida de forma tranquila.
A julgar pelo que fez nesta partida no Estádio da Luz, o Paços de Ferreira, a jogar bem e a tirar partido do muito espaço dado pelo Benfica no meio-campo defensivo da equipa da casa, deu conta de um bom grupo de trabalho capaz de permitir bons resultados. Koffi e Antunes foram claramente os elementos em destaque.
Refira-se que o Benfica, já depois do segundo golo do Paços de Ferreira, teve uma oportunidade soberana para marcar, por Henrique Araújo, isolado na grande área do Paços e, com a baliza à sua mercê, atirou por cima desperdiçando o que seria o quarto golo dos encarnados.
Gonçalo Ramos voltou a marcar para o Benfica dando depois o seu lugar a Petar Musa
O Benfica acaba por merecer o triunfo pelo que fez, mas deixou motivos para Schmidt repensar alguns detalhes. Otamendi, Rafa e João Mário foram os elementos em destaque no Benfica, num jogo em que Bah foi titular no lugar de Gilberto, hoje suplente. Já em relação a outros titulares, como Enzo, Neres e Gonçalo Ramos (este apontou ainda assim o terceiro golo do Benfica), deixaram indicações de que precisam porventura de descansar na próxima sexta-feira, no jogo do Benfica frente ao Vizela, para poderem depois ser de novo chamados ao primeiro jogo da Liga dos Campeões.
Caberá a Roger Schmidt determinar se assim será... ou nem por isso!