Contratado ao Vitória de Guimarães no mercado de Inverno, o avançado brasileiro Sores voltou a ser determinante no segundo jogo em que alinhou com a camisola dos "dragões" , tendo sido da sua autoria o primeiro golo do FC Porto à sua ex-equipa, apontado ao minuto 36. O golo da tranquilidade para os azuis-e-brancos chegou bem mais tarde, ao minuto 85, apontado por Diogo Jota, ele que foi chamado por Nuno Espírito Santo já na etapa complementar de um jogo em que o Vitória ainda tentou inverter o rumo dos acontecimentos mas sem qualquer sucesso.

Partindo para este jogo a quatro pontos do líder Benfica, a turma portista jogava em Guimarães uma importante cartada para este campeonato, consciente de que não poderia ter qualquer deslize sob pena de ver os "encarnados" distanciarem-se na frente da Liga NOS. Afinal, se na jornada anterior tinha sido o FC Porto quem jogou primeiro e ganhou, desta vez a turma da Luz já tinha feito o que lhe competia ao vencer a turma do Arouca, pelo que cabia agora aos "dragões" darem igual resposta para tudo continuar na mesma em termos classificativos.

Nuno Espírito Santo, o técnico do FC Porto, voltou a apostar em Soares e André Silva na frente de ataque, apoiados por um meio-campo agora com Herrera e Brahimi nas faixas laterais, aparecendo André André no "miolo". Danilo Pereira na posição seis, à frente de Filipe e Marcano como dupla de centrais, com Maxi e Alex Telles a completarem o quarteto defensivo à frente de Casillas, assim surgiu em campo a equipa azul-e-branca.

Do outro lado, o técnico Pedro Martins chamou de novo em Bruno Gaspar no lado direito, colocando Celis em jogo no lugar de Hernâni, impedido de jogar esta partida por ser um elemento emprestado ao Vitória pelo FC Porto. Isso mesmo, aliás, aconteceu também com Marega, que ficou ausente desta partida pelo mesmo motivo. Por via destes motivos, o Vitória surgiu em campo com Douglas entre os postes, apoiado por um quarteto defensivo formado por Bruno Gaspar, Josué, Pedrão e Konan. Celis e Zungu procuraram sempre fechar os caminhos aos jogadores do FC Porto no meio-campo do Vitória, aparecendo depois Hurtado, Bernard e Raphinha no apoio directo ao homem mais adiantado no terreno, o avançado Rafael Martins.

Num jogo marcado por algum equilíbrio, acabou por ser o FC Porto quem andou sempre mais perto do golo, o qual acabaria por surgir mesmo no já referido minuto 36 por Soares, ele que aproveitou da melhor forma um pontapé à meia-volta de André Silva que colocou a bola à mercê do avançado brasileiro que não hesitou em rematar para o funda baliza de Douglas.

Os homens do Vitória ainda reclamaram de uma suposta posição irregular de Soares mas a verdade é que o jogador estava em jogo já que tinha dois elementos da equipa da casa a validarem a sua posição. Soares evitou grandes festejos, sendo que o mais importante estava feito.

Acabou assim por ser depois de casa roubada que o Vitória quis colocar trancas à porta, e a verdade é que a produtividade da equipa vimaranense subiu consideravalmente, embora sem resultados práticos.

Os técnicos das duas equipas mexeram então nas equipas, com Nuno Espírito Santo a chamar a jogo Jesus Corona por troca com André Silva, respondendo Pedro Martins com a chamada de Sturgeon por troca com Bernard. As mudanças não se ficavam por aqui, entrando pouco depois no jogo João Aurélio para o lugar de Zungu na equipa do Vitória, respondendo os azuis-e-brancos com a chamada a jogo de Diogo Jota para o lugar de Brahimi.

E porque havia ainda uma alteração a fazer para cada lado, Teixeira foi a jogo na equipa da casa para o lugar de Raphinha, respondendo o FC Porto com a chamada a jogo de Oliver Torres por troca com André André, tenda esta alteração surgido ao minuto 83.

Dois minutos depois da derradeira alteração nas equipas no relvado, Diogo Jota, um dos elementos que o técnico Nuno Espírito Santo chamou a jogo nesta etapa complementar, assinou o segundo e último golo da partida, fechando a discussão ao colocar o FC Porto a vencer por 2-0, o resultado com que se atingiu o apito final do juíz Carlos Xistra. Após um passe de Alex Telles, Diogo Jota conseguiu colocar a bola por entre as pernas de Douglas, assinando desse modo o segundo e último golo da partida.

O FC Porto garantia assim um importante triunfo, voltando a ficar a um ponto do líder do campeonato, o rival Benfica que tinha já vencido o seu jogo na véspera frente ao Arouca, continuando assim os "dragões" a pressionar a turma da Luz num campeonato em que as duas equipas seguem agora quase ombro a ombro embora com a vantagem mínima para os "encarnados".

texto: Jorge Reis
fotos: ©FC Porto