No primeiro embate desta época entre as formações de Guimarães e de Coimbra, o resultado final fixou-se num empate a uma bola . Vitória Sport Clube e Académica de Coimbra, por norma, até protagonizam um espectáculo agradável quando se encontram, mas neste jogo nenhuma das formações levou a melhor.
Num jogo em que emoção não faltou, e perante um Vitória reduzido a nove elementos durante grande parte da partida, a Briosa deixou escapar a possibilidade de triunfar no Estádio D. Afonso Henriques, face a um conjunto que tem andado pressionado pela necessidade de melhores resultados depois de quatro derrotas em outros tantos jogos.
Frente ao Vitória, o jogo começou com a Académica a tentar surpreender os minhotos. Logo no primeiro minuto, Rui Pedro surge isolado na cara de Douglas, mas este conseguiu suster o remate e manter a sua baliza inviolável, com uma bela mancha.
A sirene de alerta soou no castelo de Guimarães e os comandados de Sérgio Conceição partiram para cima do adversário. O primeiro aviso foi dado por Tozé, a permitir uma boa defesa de Pedro Trigueira.
Mas o guarda-redes academista nada podia fazer quando Bruno Alves descobriu Tomané num excelente passe em profundidade, ao qual o ponta-de-lança respondeu na perfeição e não perdoou, concretizando o tento dos vimaranenses.
Após o golo, a qualidade da partida esmoreceu. A formação da casa quis proteger a vantagem alcançada e a Briosa não conseguia produzir jogadas de perigo, excepção feita a um aproveitamento de um erro defensivo do Vitória que por pouco não sofria o empate em cima do intervalo. O remate de Gonçalo Paciência saiu por cima.
A segunda parte começou como a primeira com Rui Pedro a queixar-se da sorte, pois numa jogada de ataque muito bem produzida enviou o esférico à trave de Douglas.Estava dado o mote para o que seria a segunda metade.
Tudo ficou mais complicado para o Vitória quando dois dos seus elementos foram expulsos em doze minutos. Nomeadamente, Alex e o capitão Moreno. A partir deste momento, a Académica instalou-se por completo no meio-campo vitoriano e aos 67 minutos, numa bola que passou por grande parte da defensiva minhota, Rafael Lopes surgiu isolado e fez o empate.
Foram muitos os lances de perigo protagonizado pelos pupilos de Filipe Gouveia, mas decididamente o triunfo não estava destinado a seguir viagem para Coimbra. Exemplo disso foi o cabeceamento perigosíssimo de Rafael Lopes que embateu na base do poste da baliza de Douglas, já na recta final da partida.
Tudo se enquadrava para que Sérgio Conceição alcançasse o primeiro triunfo ao comando do Vitória Sport Clube, no entanto a segunda parte foi madrasta para os vimaranenses e o empate é um prémio justo para a crença dos jogadores do Vitória, perante uma Académica que desperdiçou uma excelente hipótese de conseguir três pontos num terreno difícil.
texto: João Carreira