fenprof2A Prova de Avaliação de Conhecimentos e Capacidades continua a provocar troca de acusações entre Ministério da Educação e Ciência e Fenprof. O ministério de Nuno Crato lamentou os problemas registados e fala em declarações falsas e a Fenprof diz que as escolas públicas estiveram vigiadas e ocupadas pela polícia, situação que os sindicatos consideram “inaudita no Portugal Democrático”.

Por partes, começando pelo MEC, que assegura que “ficou concluída a realização da Prova de Avaliação de Conhecimentos e Capacidades do ano escolar de 2013/2014”. Segue-se a parte menos simpática: “O Ministério não pode deixar de lamentar, no entanto, alguns casos em que se registaram problemas - casos que, no entanto, não impediram a realização da prova. De 88 escolas em que a mesma estava prevista, apenas numa não foram concretizadas as condições para a sua realização, por insuficiências internas que a Inspeção Geral de Educação e Ciência está a verificar. Em cinco outras escolas, alguns manifestantes pretenderam, embora sem sucesso, pressionar os professores vigilantes e perturbar os candidatos. São incidentes que não dignificam a classe docente e sabemos bem que os professores não se revêm nessas atitudes”.

Mas, o Ministério lamenta também o que classifica como “tentativas de desinformação dos candidatos através de declarações falsas de dirigentes de alguns sindicatos que afirmaram que a prova estaria suspensa”.

“Tal como havia sido reafirmado ontem pelo Ministério da Educação e Ciência, os pedidos de decretamento provisório de providências cautelares feitos ao TAC de Lisboa e aos TAF de Coimbra e de Beja foram indeferidos, e as correspondentes resoluções fundamentadas foram entregues pelo MEC ontem. Tudo isto é facilmente verificável nos processos, mas os referidos dirigentes sindicais continuaram a afirmar que a prova estava suspensa, perturbando os candidatos, sem sequer atender ao facto de que a difusão dessa falsidade poderia prejudicar gravemente os que queriam fazer a prova e que poderiam, inclusivamente, cancelar a sua presença com base nessa desinformação”, sustenta o MEC.

fenprof3

A Federação Nacional dos Professores vê o dia de hoje de forma diferente. E não poupa o ministério: “Escolas públicas estiveram hoje vigiadas e ocupadas pela polícia, situação inaudita no Portugal Democrático. Por ordens do MEC, foram dificultadas e impedidas reuniões sindicais, em flagrante violação de direitos constitucionalmente garantidos”.

A nota colocada online fala ainda de “coação e intimidação” para forçar professores.

Para a Fenprof, um “ministro que assim se comporta, que atua com evidente falta de ética democrática, não tem condições para ocupar o cargo”.

Pin It