A Sonae acaba de dar conta do registo do resultado líquido de 92 milhões de euros no terceiro trimestre do corrente ano de 2022, um resultado que significa um crescimento sólido do volume de negócios, mesmo tendo o resultado líquido caído 4,2%, pressionado pela redução das margens operacionais num contexto de forte pressão na base de custos.
De acordo com o relatório agora dado a conhecer pela Sonae, destacam-se os ganhos sustentados de quota de mercado nos vários negócios do grupo, com os clientes a reconhecerem o esforço para combater a inflação e apoiar as famílias. O EBITDA subjacente atingiu 181M€, o que representa uma redução da margem de 64p.b. devido aos esforços para suportar os custos inflacionários e garantir a competitividade das ofertas, bem como aos elevados custos de energia.
Já o investimento ascendeu a 579M€ nos últimos 12 meses, dos quais 253M€ em aquisições, com a Bright Pixel a realizar dois novos investimentos e a reforçar participação em tecnológicas no 3T22. As vendas internacionais agregadas cresceram mais de 40% nos últimos 9 meses e o apoio da Sonae à comunidade cresceu 51% e superou os 21,5M€ nos primeiros nove meses de 2022.
No comunicado da Sonae, Cláudia Azevedo, CEO da empresa lembrou que no período em questão, o terceiro trimestre de 2022, “continuámos a viver um ambiente geopolítico e macroeconómico complexo e volátil”. Esta responsável chama no entanto à atenção os “níveis crescentes de inflação e de taxas de juro, juntamente com os custos de energia consistentemente elevados” que, acrescenta, “têm afetado significativamente as nossas comunidades.”
“Apesar deste contexto, os nossos negócios conseguiram, mais uma vez, aumentar os seus níveis de investimento, reforçar as suas propostas de valor e apoiar as famílias a enfrentar estes desafios, nomeadamente mantendo preços competitivos e respondendo às novas necessidades dos consumidores”, dá conta Cláudia Azevedo que destaca: “Durante o 3T22, todos os negócios aumentaram as suas quotas de mercado e a Sonae apresentou um sólido crescimento do volume de negócios, demonstrando um reconhecimento claro pelos nossos clientes da competitividade e qualidade das nossas ofertas. A rentabilidade foi naturalmente afetada pelos custos recorde de energia e transporte, pelos preços de abastecimento mais elevados e pelos movimentos de migração para produtos de gama e preço inferiores (trading down). No entanto, os resultados consolidados demonstraram uma forte resiliência e a nossa posição financeira manteve-se muito sólida.”